VIII REACT

Artigos

Voltar

Lançamentos de livros

 

Biotecnologias, transformações corporais e subjetivas: saberes, práticas e desigualdades

Fabíola Rohden, Chiara Pussetti e Alejandra Roca (Orgs.)

ABA Publicações, 2021

LINK / PDF / VÍDEO (22/11)

 

Esta coletânea apresenta 12 trabalhos inéditos que discutem o papel das biotecnologias nos processos de produção ou transformação corporal e subjetiva, por meio de investigações sediadas no Brasil, em Portugal e na Argentina. É resultado da articulação promovida pela Rede de Investigações Biotecnologias, Saúde Pública e Ciências na Vida que integra pesquisadoras e pesquisadores dedicadas/os a investigar a produção e repercussões do conhecimento e práticas biotecnológicas em diversos cenários. O eixo central das discussões gira em torno de como novas possibilidades tecnocientíficas direcionadas ao corpo e estruturadas nas chamadas Ciências da Vida traduzem uma série de tensões características das sociedades contemporâneas. Os capítulos constituem investimentos etnográficos e analíticos originais em cenários nos quais as tensões acerca de saúde e aprimoramento são reveladoras também do privilégio dado ao investimento individual em contraste com a ênfase na dimensão social ou coletiva, evidenciando, igualmente, os condicionantes econômicos e políticos em cena e a (re)produção de assimetrias sociais.

 

 

De despojos y luchas por la vida

Xochitl Leyva Solano; Patrícia Viera Bravo; Júnia M. Trigueiro de Lima; Alberto C. Velázquez Solís (Orgs.)

Cátedra Interinstitucional Universidad de Guadalajara/CIESAS-Jorge Alonso Cooperativa Editorial Retos/CLACSO, 2021

LINK / PDF / VÍDEO (23/11)

 

Hemos armado este libro en medio de la pandemia del Covid-19, misma que nos atraviesa, nos interpela y nos obliga a pensar o repensar cómo la humanidad se encuentra atrapada entre sistemas de opresión, explotación y violencia consustanciales al capitalismo global neoliberal, la modernidad/colonialidad, el régimen heterosexual cisgenérico occidental, el patriarcado y el racismo. Para abonar un granito de arena a los debates político-teórico-prácticos que cruzan esas intersecciones, el presente libro aborda de manera encarnada e incardinada, cómo los abajos y los enmedios vivimos esas opresiones, explotaciones, violencias y despojos, no solo en los tiempos de Covid-19 sino antes, durante y de cara a lo que viene. Como las y los miembros de comunidades, colectivas, movimientos y redes alter, anti y por han denunciado, la pandemia del Covid-19 está contribuyendo a reforzar las violencias contra las mujeres, la criminalización y la represión de los pueblos indígenas y afrodescendientes así como de las comunidades sexo-disidentes, pero paradójicamente, también está nutriendo la emergencia y resurgimiento de resistencias y alternativas que se localizan en la intersección de las luchas antirracistas, anticapitalistas y anticisheteropatriarcales. Es en ese cruce donde el presente libro profundiza y aporta a partir de una polifonía de testimonios, reflexiones y teorías encarnadas indo afro mestizas disidentes y rebeldes. Este libro nos muestra las formas en que nosotras, nosotres, nosotroas lo hacemos, dejando ver un pluriverso de modos de vida/lucha: dos caras de una misma moneda como lo veremos en estas páginas.

 

 

O sacerdote e o aprendiz: antropologia de um terreiro amazônico

Hermes de Sousa Veras

Editora Letramento, 2021

LINK / VÍDEO (23/11)

 

Um livro envolvente para se pensar desde o Pará e em sintonia com novos modos de fazer etnográfico no e além Brasil, os territórios, sujeitos, saberes, poderes, fazeres, conflitos e contradições envolvendo mundos inteligíveis e sensíveis, humanos e não-humanos no universo das leituras de Religiões de Matriz Africana no Norte do Brasil.

 

 

Caipora e outros conflitos ontológicos

Mauro W. B. Almeida

UBU, 2021

LINK / VÍDEO (24/11)

 

Reunião dos mais representativos ensaios do antropólogo Mauro W. B. Almeida, publicados entre 1998 e 2015. Um primeiro conjunto se inicia com um testemunho da influência da tradição antropológica marxista na etnografia sobre camponeses nordestinos e amazônicos realizada pelo autor, seguido de quatro capítulos que se referem à antropologia de camponeses e comunidades tradicionais.

O segundo conjunto reverencia o pensamento de Lévi-Strauss, com destaque para sua visão de história, com capítulos que tratam de questões ontológicas e epistemológicas da Antropologia, cujo foco é a crítica ao relativismo cultural na forma de recusa a critérios de verdade e de racionalidade. O último capítulo faz uma ponte entre os blocos anteriores, conectando a crítica ao relativismo cultural ao tema da aliança entre ciência e ontologias indígenas contra os efeitos do Antropoceno.

O conceito de "verdade pragmática" destaca-se como uma das importantes contribuições do antropólogo para possibilitar o encontro entre o conhecimento científico e os conhecimentos tradicionais.

 

 

Engajamentos coletivos nas fronteiras do capitalismo

Catarina Morawska (Org.)

EDUFSCar / Coleção Aracy Lopes da Silva, 2021

LINK / VÍDEO (25/11)

 

O livro “Engajamentos coletivos nas fronteiras do capitalismo” é fruto de um esforço do Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E/UFSCar) em imaginar a etnografia como um engajamento coletivo que se conecta ativamente com experimentações que, expressas em lutas sociais, defendem a multiplicidade e coexistência de modos de vida e, assim, reagem aos efeitos do capitalismo. Tomar a experimentação etnográfica como um engajamento com outras experimentações em curso no mundo demanda respostas procedimentais, em geral tateantes e errantes, que se dão no nível de uma aliança técnico-política: a partir do que brota no encontro, a etnógrafa e o etnógrafo sintonizam a sua própria técnica com aquelas mobilizadas em contextos onde se veem o esbulho de terras e a destruição de modos de vida. Como se verá nesta coletânea, alguns dos textos se engajam com as experimentações que resistem aos cercamentos e perturbações decorrentes do avanço de projetos desenvolvimentistas, como ocorre no norte de Moçambique e de Minas Gerais, nos campos de Roraima e nos rios do Xingu. Ainda outros fazem ver novas colaborações e alianças tecidas a partir da ocupação de ruínas capitalistas, no cerrado mineiro marcado pelo agronegócio, nas águas barradas do rio Iratapuru e nas terras dos quilombolas no Vale do Ribeira por tanto tempo expropriadas. Em todos os textos, o engajamento dos pesquisadores cria um “nós” que se soma a tais lutas, fazendo saltar à vista a relação com a terra como vivida, lembrada, imaginada, sentida por aquelas e aqueles que remanescem porque compõem com outros seres com quem estabelecem obrigações recíprocas para um futuro comum.

 

 

Anatomización. Una disección etnográfica de los cuerpos

Santiago Martínez Medina

Universidad de los Andes, Bogotá, 2021

LINK / VÍDEO (26/11)

 

Hace algunos años, el autor de este libro, médico de formación, se encontró con una entidad elusiva: el descuajo. Las sobanderas le enseñaron que los niños descuajados sufren lo que él entendió como una enfermedad diarreica aguda, que ellas podían curar mediante un masaje vigoroso. Intentó aprender con estas mujeres a sobar niños, pero donde ellas le mostraban la tripa que llaman cuajo, sus manos palpaban órganos y tejidos, como le enseñaron en la asignatura de Anatomía. Esta situación es la que da origen a Anatomización, obra que busca responder cómo aprendemos a hacer cierta realidad y no otra con nuestros cuerpos. Esta etnografía muestra cómo emerge el cuerpo de la anatomía médica en el anfiteatro, de tal manera que luce natural, trascendente, universal y evidente, haciendo que todas las otras posibles anatomías, incluyendo el cuajo, sean meras creencias.

“Este libro muestra las posibilidades de un análisis etnográfico brillante y respetuosamente atrevido. ¿Cómo hace la anatomía lo que llama *cuerpo humano*? Respondiendo, se atreve a pensar que esa disciplina no puede conocer el cuajo porque esa entidad (localmente colombiana) excede a la anatomía. El autor, entonces, se obliga a una situación analítica en que el cuerpo humano no puede ser ni naturalmente universal, ni relativamente cultural. En vez de ello, el cuerpo anatomizado es una entidad biomédica cuya ubicuidad le es otorgada por la ciencia, prácticas históricamente específicas. Este análisis es un ejemplo excelente de lo que puede la etnografía: abrir la anatomía y la biomedicina modernas a su posibilidad de autoheredarse decolonialmente: sin excluir ni asimilar.” — Marisol de la Cadena.

 

 

O arpão e o anzol: técnica e pessoa na Amazônia

Carlos Sautchuk

Editora UnB, 2020

LINK / VÍDEO (26/11)

 

Este livro traz reflexões e proposições contemporâneas sobre a relação entre os humanos, a técnica e o ambiente a partir do estudo de atividades muito antigas e disseminadas na região amazônica. Em diálogo com várias tendências da antropologia e de outros campos, a pesquisa etnográfica revela detalhes de uma vila de pescadores no estuário do rio Amazonas, explorando a captura do pirarucu com arpão em lagos e a pesca da gurijuba na costa. Os gestos, as palavras, as aprendizagens e os objetos técnicos destas atividades são comparados aqui em estreita relação com o meio e as expressões da vida social e intelectual. O amplo caderno de fotos contribui para demonstrar que as propriedades dos humanos e suas formas de vida são geradas nas atividades em que se engajam.

 

 

Zona de Contágio: Laboratório Pandêmico, Saberes Insurgentes

Alana Moraes; Henrique Parra; Bru Pereira (Orgs.)

Editora Tramadora, 2021

LINK

 

O livro Zona de Contágio: Laboratório Pandêmico, Saberes Insurgentes é fruto de uma experiência coletiva de pesquisa transdisciplinar que, durante o ano de 2020, reuniu pesquisadores de todas as regiões do Brasil e investigou alguns aspectos relacionados à pandemia de Covid-19. Pensada como uma das expressões do Antropoceno/Capitaloceno/Plantationceno, a pandemia de Covid-19 alterou o regime de escalas articulando de forma mais tangível a devastação ambiental e a simplificação ecológica em curso com a nossa possibilidade de respirar. Na Zona de Contágio refletimos sobre como corpos em regime de confinamento doméstico poderiam rastrear a nova paisagem de escala produzida pelo acontecimento pandêmico: um evento que conecta de forma imediata nossos corpos aos circuitos planetários de patógenos, mas também às formas desiguais e neocoloniais de distribuição do risco. O laboratório Zona de Contágio emerge como prática de conhecimento e experimentação ética e estética entre diferentes disciplinas e saberes, reconhecendo a coexistência de diferentes formas de vida e o entrelaçamento multiagencial (humanos, não-humanos, multiespécies, tecnológicos) na fabricação simpoiética de diferentes mundos, corpos e lugares.

Deslocar a perspectiva privilegiada da agência humana na produção de mundos nos exige também novos desenhos de investigações coletivas, laboratórios implicados em práticas de cuidado com a coletividade emergente e com a produção de outras evidências. Neste sentido, os laboratórios e sua produção de conhecimento tornam-se, cada vez mais, campos de batalha epistêmica, política e sensível, possibilitando a experimentação de alianças multiespécies como prática de conhecimento e condição política da própria existência. Que tipo de conhecimento somos capazes de produzir na contramão do “realismo político” e das novas estratégias de controle possibilitadas pelo capitalismo financeirizado, cibernético e necropolítico? Como ativar, acompanhar e retomar as práticas do Comum, não proprietárias, que podem fazer frente às dinâmicas neocoloniais do “screen new deal” no plantationoceno diante da crise sanitária que finalmente nos faz constatar a indiscernibilidade entre “ciências sociais” e “ciências naturais” e os limites urgentes das nossas formas de vida? Como essa retomada pode também reconfigurar nossas agendas e institucionalidades de pesquisa, ensino e extensão perturbando as fronteiras das universidades e fazendo do conhecimento uma prática de encontros atravessada pelo mundo vivo e pela desaceleração? Como tecer novas cumplicidades de hesitação, bloqueio, esquivas? O livro é uma coletânea multimídia de textos, ensaios fotográficos, experimentações sonoras, performances e outros materiais produzidos pelos pesquisadores do Laboratório Zona de Contágio durante o percurso de pesquisa.

 

 

Reflexividad y alteridad I. Estudios de caso en México y Brasil

María Isabel Martínez Ramírez, Alejandro Fujigaki Lares y Carlo Bonfiglioli (Orgs.)

Instituto de Investigaciones Históricas, Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), 2020

LINK

 

El hilo conductor de Reflexividad y alteridad I. Estudios de caso en México y Brasil ha sido la experimentación de metodologías que, en principio, han procurado dejar al descubierto los mecanismos de producción del conocimiento académico, para luego generar agendas de investigación capaces de promover, desde estudios de caso concretos, diálogos regionales y continentales. Los artículos que lo conforman son el resultado de las sesiones semanales que, desde 2014 hasta 2016, realizamos en el Seminario La Humanidad Compartida en la unam. En este sentido, la obra es producto de las reflexiones de todos los autores/autoras y, más aún, de casi todos sus integrantes. Nos aventuramos a proponer que, en conjunto, construimos un hacer en colectivo fundamentado en relaciones de conocimiento que tienden a la horizontalidad, pero que sin duda se basan en la reflexividad y la relacionalidad, ya que, ante todo, lo que se materializa en este volumen es una propuesta formativa, tanto de enseñanza como de aprendizaje para aquel que enseña.

Si bien Carlo Bonfiglioli, Alejandro Fujigaki Lares y María Isabel Martínez Ramírez son los coordinadores de este libro, la dirección de las discusiones que lo sustentan llegó a ser una posición ocupada de manera rotatoria por todos los integrantes. Algo parecido al lugar del tendotá que Pimentel describe en esta obra para los guaraní-kaiowá. En otras palabras, aquel que jala y empuja para realizar un proyecto no es precisamente una per- sona, sino una posición. Ejecutado en la práctica de producción académica, y a manera de licencia poética, todos los autores han sido, a lo largo del tiempo y al ocupar de distintas maneras esta posición, el tendotá de este proyecto.

 

 

Economias políticas da doença e da saúde: uma etnografia da experimentação farmacêutica

Rosana Castro

Hucitec/Anpocs, 2020

LINK

 

Leitura de primeira relevância para interessados em como os testes de medicamentos são executados, o livro é composto pela etnografia dos procedimentos que constituem o método mais aceito para a realização de experimentos farmacêuticos em seres humanos: o ensaio clínico randomizado internacional duplo-cego controlado (ECR). O livro realça as complicadas economias políticas nas quais os estados precarizados de vida de indivíduos em busca de tratamentos para doenças crônicas se convertem em ativos do processo de desenvolvimento científico, econômico e sanitário. Ao identificar e analisar criticamente essas conversões, este trabalho contribui para que entendamos como os experimentos farmacêuticos se constituem em empreendimentos simultaneamente científicos, neoliberais e necropolíticos.